Fotógrafos ensinam como emoldurar e expor fotos
Viagens na parede - Paisagens e imagens de arquitetura preenchem as paredes do quarto do fotógrafo Valentino Fialdini. “Em geral, as pessoas reservam as melhores obras para expor na sala. Eu não. Gosto de ter coisas bacanas no quarto também”, diz. Em frente à cama, a foto em preto e branco mostra as ruínas de Angkor Wat, no Camboja, e a colorida, Petra, na Jordânia. Ambas são exemplos do trabalho artístico que Valentino desenvolve em viagens que faz com a mulher, a designer Dóris Sochaczewski. “Estas imagens em grande formato dão a ilusão de profundidade, como se fossem um espelho”, afirma. As fotos menores surgem em composições com objetos e obras de arte.
Natureza emoldurada - Viajando a trabalho pelo interior do Rio de Janeiro, o fotógrafo Tuca Reinés topou com a paisagem pendurada no canto de leitura de seu apartamento. “Vi o último reflexo da luz do dia batendo em um morro coberto de capim queimado. Pedi que o motorista parasse o carro e corri para o clique”, conta. A imagem foi para o arquivo pessoal do fotógrafo, abastecido por ele em oportunidades como essa, que aparecem em meio à agenda lotada. Depois de montar a foto em uma moldura branca e estreita, sem passe-partout, para uma exposição, Tuca a deu de presente para sua mulher, a designer gráfica Carla Reinés. “As imagens que temos em casa hoje são as que ela mais gosta”, diz.
Boas lembranças na estante - Durante a produção de uma reportagem para a revista Casa Claudia, em 2005, o fotógrafo Luis Gomes montou uma estante composta de prateleiras em seu estúdio. “Deu um trabalho danado, mas mesmo assim resolvi copiar a ideia em casa”, conta, rindo. A peça aproveitou um canto sem uso, entre a cozinha e a escada para os quartos. No móvel, Lula – como é mais conhecido – apoiou fotos queridas, enquadradas em molduras variadas, sempre com passe-partout. “A moldura dourada, em que coloquei o retrato de minha filha mais velha, Tainá, foi comprada em um brechó”, conta. Pequenos objetos, alinhados mais à frente, ajudam a capturar o olhar para as imagens.
Varal de experiências Em seu ateliê – um anexo no terreno de casa –, o fotógrafo Marcelo Greco deixa as ampliações com as quais está trabalhando no momento presas em um varal, feito de cabo de aço revestido de plástico. “Olho para elas o tempo todo. Decido qual é o tamanho mais adequado, o tipo de moldura, se elas terão ou não passe-partout. O varal permite essa dinâmica e as imagens podem passar meses penduradas”, diz
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